Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
- afa258
- 5 de ago. de 2015
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Museu do Aljube - Resistência e Liberdade O edifício do Aljube (do árabe "al-jubb" – poço sem água, cisterna, masmorra ou prisão) remonta ao período romano e islâmico, tendo sido quase sempre uma prisão: cárcere eclesiástico, prisão de mulheres e prisão política desde 1928 até 1965. "O Museu do Aljube - Resistência e Liberdade é dedicado à memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia. Pretende valorizar as memórias comuns de resistência e evidenciar os principais traços do regime ditatorial que submeteu o nosso país durante quase meio século. Pretende dar a conhecer o silêncio em que todo um povo foi mergulhado, resgatando-o para ensinamento dos mais novos. Pretende partilhar nos nossos dias aspetos das realidades então vividas, organizando-os de modo sistemático e rigoroso. Pretende inscrever na vivência coletiva os valores das lutas travadas pela liberdade e pela democracia, com a firmeza da esperança num país mais livre, justo e fraterno. Pretende patrocinar o resgate das memórias de luta e de sofrimento, evocando momentos duros e, também, momentos empolgantes da resistência, seguros da vitória que se haveria de alcançar sobre o arbítrio e a violência. Pretende assumir a luta contra a amnésia desculpabilizante e, quantas vezes, cúmplice da ditadura que enfrentámos entre 1926 e 1974. Pretende remar contra a corrente da desmemória organizada pelas ideologias dominantes nas sociedades contemporâneas. Pretende combater essa fabricação de um "presente contínuo", que torna fácil e eficaz a manipulação, a demagogia e o regressismo "invisível" às piores formas de opressão. Pretende dar voz às vítimas e mostrar como é longo e difícil o caminho da sua reabilitação, impondo a verdade e o exemplo sobre o silêncio e o embuste. Pretende honrar os resistentes que ousaram empenhar-se numa luta desigual e sempre ameaçada pela perseguição e pela prisão, pela tortura, pelo exílio, pela deportação e quantas vezes pela morte. Pretende restituir a memória coletiva à cidadania, na sua pluralidade. Pretende, em suma, assegurar que o nosso futuro não seja amputado do nosso passado. O futuro cria-se no presente com a memória do passado." http://www.museudoaljube.pt/
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